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domingo, janeiro 22, 2012

7 incríveis projetos de energia solar no mundo

Quando se pensa em energia solar, a primeira imagem que surge é, em geral, a de painéis instalados no telhado de uma casa. Mas há usos mais audaciosos mundo a fora, como mostra esta seleção de mega projetos. Confira.
Solar Powered Office Complex

Solar Powered Office Complex


Em formato de leque, esta estrutura que se assemelha a um relógio é o maior edifício comercial alimentado por energia solar no mundo. Localizado em Dezhou, na província de Shandong, noroeste da China, o prédio de 75 mil metros quadrados de área abriga um hotel, centros de exposição, laboratórios de pesquisa e desenvolvimento científicos e espaçosas salas para reunião e treinamento.
Com uma cobertura de paineis solares de 5 mil metros quadrados, o edifício tem 95% de suas necessidades energéticas proveniente dessa fonte renovável. A cor branca adotada na fachada simboliza energia limpa, além de ajudar a refletir a luz do sol, reduzindo o calor.



Estádio de Kaohsiung, em Taiwan

Estádio de Kaohsiung, em Taiwan

Com jeitão futurístico, o estádio de Kaohsiung, em Taiwan, carrega o título de primeiro do mundo 100% movido a energia solar. Seu teto é recoberto por nada mais nada menos do que 8.844 placas solares, que fornecem energia suficiente para as 3,3 mil lâmpadas que iluminam o estádio e mais dois telões gigantes que transmitem os jogos.
O uso dessa fonte de energia renovável e limpa evita a emissão de 660 toneladas de CO2 na atmosfera anualmente. Em formato que remete a ferradura de um cavalo, a arena criada pela firma japonesa de arquitetura Toyo Ito foi construída para os Jogos Mundiais de 2009 e tem capacidade para 55 mil pessoas.



Gemasolar, na Sevilha, Espanha

Gemasolar: energia 24h por dia


Apesar das claras vantagens ecológicas, projetos de energia solar têm um calcanhar de Aquiles: eles dependem da existência de luz natural para produzir eletricidade. Mas um sistema de geração em Sevilha, na Espanha, mandou para escanteio essa fraqueza. Trata-se da Gemasolar, a primeira usina de energia solar concentrada (ESC) em escala comercial do mundo, que gera energia durante a noite ou em dias nublados.
A produção de eletricidade sem a presença de luz solar resulta de uma inovadora tecnologia que usa sal fundido para estocar calor e operar 24h. Com capacidade instalada de 19,9 megawatts, a central já fornece energia para 25 mil lares na região de Andaluzia.



Sanyo Solar Arc

Sanyo Solar Arc

Essa estrutura em forma de asa elegantemente “pousada” no solo abriga desde 2002 o Museu daEnergia Solar, mais conhecido como Sanyo Solar Ark. Semelhante a um arco de 315 metros de largura e 37 m de altura. Localizado na Província de Gifu, no centro do Japão, o impressionante edifício possui mais 5 mil paineis solares e produz mais de 500 mil kWh de energia por ano. A fachada da atração, que também abriga centro de pesquisa em tecnologia solar da Sanyo, também é coberta por lâmpadas leds, que se iluminam à noite. 



Pista de Nascar Solar

Pista de Nascar Solar

A maior instalação esportiva para corrida abastecida por energia solar do mundo é uma pista de Nascar, categoria do automobilismo. Trata-se do Pocono Raceway, centro norte-americano do estado da Pensilvânia, que acionou ano passado sua usina para captação da luz solar por painéis fotovoltaicos. Além de fornecer energia suficiente para a instalação desportiva, o novo sistema, com capacidade instalada de 3MW, abastece cerca de mil casas nas proximidades. No período de um ano, cerca de cinco mil tonelads de CO2 devem deixar de ser emitidos.



vilarejo de Sonnenschiff

Sonnenschiff: um vilarejo com excedente de energia

Cinquenta e duas casas, entre residenciais e comerciais, formam o bairro ancorado em Freiburg, na Alemanha, que se tornou referência em boa vida e impacto ambiental mínimo. Situado em uma das regiões mais ensolaradas do país, o vilarejo de Sonnenschiff é capaz de produzir quatro vezes mais energia do que consome.
A auto-suficiência é atingida através do seu projeto de energia solar, que utiliza painéis fotovoltaicos posicionados estrategicamente para aproveitar ao máximo a incidência dos raios de sol. Além de aproveitar a luz natural, com amplas aberturas para deixar o sol entrar nos ambientes internos, as casas ecológicas também contam com tecnologia para economizar água.
Os telhados possuem sistemas de captação de água da chuva, que depois é utilizada na irrigação de jardins e nas descargas de vasos sanitários, diminuindo ainda mais o impacto no ambiente.



Ponte Blackfriars, em Londres

Ponte Blackfriars

Construída na era do vapor, em 1886, a ponte de Blackfriars, sobre o rio Tâmisa, em Londres, se tonará em breve a maior ponte solar do mundo. A estrutura vitoriana passa por um retrofit, com conclusão prevista para 2012, para se transformar em uma estação de trem movida pela energia gerada por mais de 4 mil paineis fotovoltaicos.
Quando concluída, a estação contará com seis mil metros quadrados de teto solar, capaz de produzir 900 mil kWh anualmente. Metade da energia necessária para a movimentação dos trens será suprida pela geração alternativa, o que vai evitar a emissão de 511 toneladas de CO2 na atmosfera.

Fonte: Exame.com



quinta-feira, janeiro 19, 2012

O desabrochar das eólicas



Inovações tecnológicas e investimentos públicos barateiam custo de geração, revelam potencial surpreendente no Brasil e abalam de novo mito de que “não há alternativas” limpas ao petróleo 2011 foi o ano da maturidade da energia eólica. Nos leilões de energia, firmou-se como a segunda energia mais barata, logo após a hidrelétrica. Substituiu as térmicas a gás, pelo fato dos projetos em curso já terem absorvido a produção nacional de gás até 2020. Mostrou-se mais competitiva que a biomassa e as PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas). Neste caso, devido aos altos custos da construção civil, em um mercado aquecido.

O principal avanço do setor foi o custo do capital, que caiu muito nos últimos anos. Quando foi lançado o Proinf (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica), em 2002, o custo de capital era de R$ 6,4 milhões por MWh. Hoje em dia, está em R$ 3,4 milhões.

A principal razão dessa queda foram os ganhos tecnológicos decorrentes da experiência acumulada de 2004 para cá. O fator líquido de capacidade (quanto da capacidade instalada se converte em energia efetiva) saltou de 32% para 45%.

Contribuíram para isso, de um lado, a elevação das torres, que saltaram de 50 metros de altura para 108 metros, captando ventos mais fortes e constantes.  Depois, avanços nos motores e nas hélices, a partir de tecnologia importada da aeronáutica, no perfil aerodinâmico da pá, na capacidade de retirar o máximo da força do vento e transformar o movimento da hélice em energia.

Mas o principal fator de diferença de preços entre Brasil e Europa é a qualidade dos ventos nacionais. E ainda há uma vantagem extra de que as energias eólica e hidráulica são complementares: quando chove muito, venta menos; e viceversa. Assim, em tempos de estiagem há maior produção de energia eólica. Apenas Canadá e Noruega possuem essa característica. Houve contribuição, também, dos estudos meteorológicos.

Em 2001 foi publicado o primeiro Atlas Eólico Brasileiro. Mediram-se os ventos a uma altura de 45 metros. Este ano sairá a versão atualizada, mas aí medindo as correntes de vento a uma altitude de 100, 120 metros.

Os estudos estão sendo conduzidos pelo CEPEL (Centro de Pesquisa e Tecnologia de Eletricidade da Eletrobras) junto com o Coppe, trabalhando em estreito contato com o INPA (Instituto Nacional de Pesquisas Aeropespaciais).

Provavelmente o potencial eólico medido será o triplo do Atlas 2001. Naquele, o potencial total era estimado em 143 GWh; no novo, em 300.

Além disso, descobriram-se potenciais de vento fora do litoral, especialmente no interior da Bahia, em uma faixa que se estende por Ceará e Piauí.

A expansão do setor tem dois momentos cruciais. O primeiro, em 2004, quando surge o Proinfa regulamentando lei de 2001, criada na época do racionamento. O segundo, quando a então Ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff, precisou regulamentar o setor. Foram necessários os primeiros incentivos para sinalizar os fabricantes de bens de capital, esperando colher os frutos no futuro.

Hoje em dia, praticamente todas as grandes empresas de energia elétrica investem em energia eólica. Também entraram no setor grupos não-tradicionais.

Blog de Luís Nassif – 18/01/2012